No âmbito das festas da Rainha Santa de 2010, o Arquivo da Universidade de Coimbra e a Confraria da Rainha Santa Isabel promovem a organização de uma exposição documental, bibliográfica e iconográfica, para assinalar o 450º aniversário da fundação da Confraria da Rainha Santa Isabel. A mostra procura ir ao encontro dos interesses de todos os tipos de público, desde o mais erudito ao mais popular.
Assim, o espólio em exposição, constituído por documentos, em papel e em pergaminho, códices, ícones, medalhas, artefactos, fotografias, obras impressas, cartazes, é proveniente do Arquivo da Universidade de Coimbra, do Arquivo da Confraria da Rainha Santa Isabel, da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, do Museu Nacional Machado de Castro e de colecções particulares.
A exposição está organizada em seis temáticas: antigo e o novo Mosteiro de Santa Clara, o Culto à Rainha Santa Isabel, a Real Confraria da Rainha Santa Isabel, a Confraria e os Confrades, a Assistência Social da Confraria, a produção editorial sobre a Rainha Santa e a Confraria. Há ainda alguns expositores dedicados a objectos de especial importância.
De entre a documentação mais interessante registe-se a descrição da primeira abertura do túmulo da Rainha Santa, onde os médicos presentes narram as suas impressões sobre o excelente estado de conservação em que encontraram o corpo de Santa Isabel; os primeiros estatutos da Confraria da Rainha Santa Isabel, publicados em 1560; as assinaturas autógrafas dos Reis D. Luís, D. Maria Pia, de D. Carlos, D. Amélia e de D. Manuel II no livro de honra da Confraria; uma carta do escultor Teixeira Lopes a informar, em Janeiro de 1896, que continua a trabalhar na “estátua” da Rainha Santa, para ficar concluída a tempo das festas de Julho desse mesmo ano, como prometera a Sua Majestade a Rainha D. Amélia; um belíssimo Missal do séc. XVII forrado com parte do veludo que serviu de cobertura ao rosto da Rainha Santa depois da primeira abertura.
A exposição será inaugurada no dia 15 de Julho, pelas 16,30 horas, na Sala D. João III do Arquivo da Universidade de Coimbra e a entrada é livre.