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Eucaristia pelos Irmãos

Como foi anunciado no passado dia 2 de Janeiro, além das celebrações eucarísticas às Quintas-feiras por todos os irmãos da Confraria da Rainha Santa Isabel e benfeitores, vivos e defuntos, retomaremos o costume antigo dos nossos primeiros estatutos de 1560 de acrescentar a essas celebrações as dos primeiros Domingos de cada mês.
Assim, a Confraria passará a reunir-se na Igreja da Rainha Santa Isabel nas celebrações eucarísticas dos primeiros Domingos, cujas intenções serão por toda a comunidade da Confraria e por todos os amigos e benfeitores que nos ajudam e continuam a contribuir para o esplendor do culto à Rainha Santa.
Os ofertórios desses primeiros Domingos destinam-se muito particularmente às obras de beneficiação e restauro do Mosteiro.

Eucaristia pelos Irmãos

Como foi anunciado no passado dia 2 de Janeiro, além das celebrações eucarísticas às Quintas-feiras por todos os irmãos da Confraria da Rainha Santa Isabel e benfeitores, vivos e defuntos, retomaremos o costume antigo dos nossos primeiros estatutos de 1560 de acrescentar a essas celebrações as dos primeiros Domingos de cada mês.
Assim, a Confraria passará a reunir-se na Igreja da Rainha Santa Isabel nas celebrações eucarísticas dos primeiros Domingos, cujas intenções serão por toda a comunidade da Confraria e por todos os amigos e benfeitores que nos ajudam e continuam a contribuir para o esplendor do culto à Rainha Santa.
Os ofertórios desses primeiros Domingos destinam-se muito particularmente às obras de beneficiação e restauro do Mosteiro.

Irmandade – Actualização de dados

Estamos a actualizar os dados relativos aos Irmãos e Irmãs da Confraria da Rainha Santa Isabel.
A fim de nos facilitarem esta tarefa, agradecemos a todos os membros que nos façam chegar o impresso de actualização devidamente preenchido.
Este impresso pode ser levantado junto dos funcionários da Confraria, na Igreja da Rainha Santa Isabel ou pode ser colhido em versão pdf ao fundo desta página.
Agradecemos que avisem outros Irmãos e Irmãs que conheçam e que nos indiquem, a partir da listagem disponível em “Listagem de Irmãos“, quais os Irmãos e Irmãs que já faleceram, pois não temos indicação de todos estes elementos.

Como chegar à Igreja da Rainha Santa Isabel?

A Igreja da Rainha Santa Isabel está situada na cidade de Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego, no Alto de Santa Clara.

Coordenadas GPS:
N40º12.145′
W8º26.200′

Distâncias

Lisboa :: 205 km
Porto :: 125 km
Fátima :: 85 km
Figueira da Foz :: 50 km

Veja o mapa aqui:


Ver Igreja da Rainha Santa Isabel num mapa maior

De carro a partir de Lisboa ou do Porto:

  • Seguir pela auto-estrada A1 em direcção a Coimbra.

  • Sair da auto-estrada ao quilómetro 189 na saída 12 de Coimbra-Sul e seguir pela via rápida em direcção a Coimbra.

  • Após a portagem siga em direcção a Coimbra pelo IC2.

  • Antes de atravessar a ponte sobre o rio Mondego, saia na primeira cortada à direita em direcção a Lisboa/Condeixa, pela Rua da Guarda Inglesa até à rotunda do Portugal dos Pequenitos.

  • Para quem chega do Norte à Rotunda do Portugal dos Pequenitos pela Rua da Guarda Inglesa, deve continuar à direita para Sudoeste pela R. Carlos Alberto Pinto de Abreu até à rotunda Baden Powell.

  • Cortar na primeira saída à direita para a para R. Mendes dos Remédios e, ao cimo, depois de 400 metros, virar à direita para a Calçada de Santa Isabel.

  • Descer a Calçada até à Igreja da Rainha Santa Isabel.

De carro a partir de Vilar Formoso (fronteira Portugal/Espanha, perto de Salamanca):

 

  • Prosseguir na auto-estrada A25 (antigo IP5) até Aveiro (170 km desde a fronteira). Ao chegar à saída Aveiro-Norte sair para a auto-estrada A1 na direcção Sul (Lisboa).

  • Na auto-estrada A1, sair da auto-estrada ao quilómetro 189 na saída 12 de Coimbra-Sul e seguir pela via rápida em direcção a Coimbra.

  • Após a portagem seguir em direcção a Coimbra pelo IC2.

  • Antes de atravessar a ponte sobre o rio Mondego, saia na primeira cortada à direita em direcção a Lisboa/Condeixa, pela Rua da Guarda Inglesa até à rotunda do Portugal dos Pequenitos.

  • Para quem chega do Norte à Rotunda do Portugal dos Pequenitos pela Rua da Guarda Inglesa, deve continuar à direita para Sudoeste pela R. Carlos Alberto Pinto de Abreu até à rotunda Baden Powell.

  • Cortar na primeira saída à direita para a para R. Mendes dos Remédios e, ao cimo, depois de 400 metros, virar à direita para a Calçada de Santa Isabel.

  • Descer a Calçada até à Igreja da Rainha Santa Isabel.

De comboio:

  • Ao chegar a Coimbra de comboio desembarcar na Estação Velha (Coimbra-B) e apanhar a ligação para Coimbra-A (Estação Nova).

  • Os horários podem ser consultados no site da CP em http://www.cp.pt.

De autocarro:

Nos transportes urbanos de Coimbra:

  • As linhas que passam pela Igreja da Rainha Santa Isabel e pelo centro da cidade são as seguintes: Linha 6 e Linhas 14, 14T.

  • Os horários podem ser consultados no site dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) em http://www.smtuc.pt.

Um Santo Natal na Paz do Deus Menino!

OS PASTORES

Guardavam certos pastores
seus rebanhos, ao relento,
sobre os céus consoladores
pondo a vista e o pensamento.

Quando viram que descia,
cheio de glória fulgente,
um anjo do céu do Oriente,
que era mais claro que o dia.


Jamais os cegara assim
luz do meio-dia ou manhã.
Dir-se-ia o audaz Serafim,
que um dia venceu Satã.

Cheios de assombro e terror,
rolaram na erva rasteira.
– Mas ele, com voz fagueira,
lhes diz, com suave amor:

«Erguei-vos, simples, daí,
humildes peitos da aldeia!
Nasceu o vosso Rabi,
que é Cristo – na Galileia!

Num berço, o filho real,
não o vereis reclinado.
Vê-lo-eis pobre e enfaixado,
sobre as palhas de um curral!

Segui dos astros a esteira.
Levai pombas, ramos, palmas,
ao que traz uma joeira
das estrelas e das almas!»

Foi-se o anjo: e nas neblinas,
então celestes legiões
soltam místicas canções,
sobre violas divinas.

Erguem-se, enfim, os pastores
e vão caminhos dalém,
com palmas, rolas, e flores,
cordeiros, até Belém.

E exclamavam indo a andar:
– «Vamos ver o vinhateiro!
Ver o que sabe lavrar
nas nuvens, ver o Ceifeiro!

Vamos beijar os pés nus
do que semeia nos céus.
Ver esse pastor que é Deus
– e traz cajado de luz!»

Chegando ao presépio, enfim,
caem, de rojo, os pastores,
vendo o herdeiro d’Eloim
que veste os lírios e as flores.

Dão-lhe pombas gloriosas,
meigos, tenros animais.
– Mas, vendo coisas radiosas,
casos vindouros, fatais…

Abria o deus das crianças
uns olhos profundos, graves,
no meio das pombas mansas
– nas palpitações das aves.

Gomes Leal

Falecimento do Presidente da Mesa

Deus chamou a si o Senhor Prof. Doutor Aníbal Pinto de Castro, um dos mais ilustres membros da Confraria da Rainha Santa Isabel, no ano em que se celebrava o 450º aniversário da criação da mais importante Confraria da Diocese de Coimbra:

Foi ainda sob a emoção do falecimento do seu Presidente que os Mesários da Confraria se reuniram para decidir o futuro desta nobre e vetusta instituição. A reunião teve a honra da presença de Sua Exª Revª, o Senhor D. Albino Mamede Cleto, que, na qualidade de Bispo da Diocese, a ela presidiu, conforme está estabelecido no § 2º do Artº 28 do Compromisso em vigor.


Antes de mais, decidiu-se dar prioridade absoluta à actualização dos estatutos da Confraria, cuja versão em vigor data de 1930, uma preocupação que já vinha merecendo a atenção da Mesa da Confraria, uma vez que urgia conformá-los ao actual Código de Direito Canónico, às Normas Gerais das Associações de Fiéis, emanadas da Conferência Episcopal Portuguesa, e ao direito comum em geral.

Assim sendo, ficou decidido nomear-se uma Comissão Administrativa para gerir os destinos da Confraria da Rainha Santa Isabel enquanto os novos estatutos não forem aprovados pela Assembleia de Confrades e homologados pelo Bispo de Coimbra.

A Comissão Administrativa em causa ficou assim constituída:

Presidente: Prof. Doutor António Manuel Ribeiro Rebelo;

Secretário: Dr. Joel Gonçalves Araújo;

Tesoureiro: João Carlos Torres França.

A Comissão Administrativa mereceu a aprovação imediata de Sua Exª Revª, o Senhor Bispo de Coimbra.

Mesa da Confraria

Constituição dos corpos gerentes da Confraria

A Confraria da Rainha Santa Isabel é actualmente dirigida pelos seguintes corpos gerentes eleitos a 18 de fevereiro de 2019:

Mesa de Assembleia Geral

  • Presidente: Henrique Vilaça Ramos
  • Vice-Presidente: João Rodrigues Teixeira
  • 1º Secretário: Carlota Maria Lopes de Miranda Urbano
  • 2º Secretário: Pedro Manuel de Matos Sequeira Alcoforado

Mesa Administrativa

  • Presidente: Joaquim Leandro Monteiro Costa e Nora
  • Vice-Presidente: José Manuel Sousa Vieira
  • Secretário: João Carlos Torres França
  • Tesoureiro: José António Neves Oliveira
  • Vogais:
    • Ricardo António Vieira da Veiga Ferrão
    • Manuela Carvalhão Mendes de Teixeira Santos
    • Euclides Maria Camarinho

Conselho Fiscal

  • Presidente: José Manuel Moreira Cardoso da Costa
  • Vogais:

    • Joel Gonçalves Araújo
    • Francisco Manuel Relva Pereira

Resposta ao comunicado do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais de Coimbra 13.07.2010

Em resposta ao comunicado do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais de Coimbra (SDCSC), datado de 13 de Julho de 2010, a Confraria da Rainha Santa Isabel (CRSI) estranha, em primeiro lugar, que a CRSI nunca tenha sido ouvida, em qualquer fase do processo, sobre o assunto em causa, que, como procuraremos demonstrar, não passa de uma falsa questão. É que a qualquer órgão de comunicação social e a qualquer entidade ou instituição de natureza reguladora ou judicante que se preze convirá sempre, antes de emitir qualquer juízo valorativo, ouvir ambas as partes, de forma a apurar a veracidade dos factos.


A bem da equidade da justiça, o réu nunca poderá deixar de ser ouvido, sobretudo quando o jornalista queixoso, em todo este processo – o senhor Miguel Cotrim –, é membro do SDCSC, sob pena de se considerar, de forma objectiva, que os dados estão, à partida, viciados e que o juiz o é em causa própria.

Posto isto, em relação aos factos de que a CRSI foi recriminada, a Confraria tem a dizer que dificuldades impostas pela habitual limitação dos espaços na Igreja da Rainha Santa Isabel e áreas adjacentes, que, embora amplos, se tornam pequenos e acanhados em dias de festa, a par de situações desagradáveis, designadamente atropelos e abusos cometidos em outros anos por fotógrafos menos cônscios da solenidade dos actos em que intervêm, obrigaram a CRSI a restringir o acesso aos fotógrafos. Apenas foi imposto limite ao número de fotógrafos comerciais, embora se saiba que há fotógrafos ditos da comunicação social que se aproveitam desse estatuto para usufruírem de posições privilegiadas em benefício comercial próprio.

Os fotógrafos da comunicação social teriam livre acesso, desde que se comprometessem antecipadamente a respeitar um determinado número de regras estabelecidas pela mesa da Confraria. A generalidade destas regras, inspiradas no que está vigente em muitas igrejas nacionais e estrangeiras, bem como em regras do Senado dos EUA e de Câmaras Parlamentares de alguns dos países mais democráticos, tem sobretudo em vista um maior respeito pelos actos de culto e pelos seus intervenientes passivos e activos, objectivo que devia merecer a preocupação primordial de todos os católicos e a compreensão e respeito por parte de todos os jornalistas, sobretudo os de órgãos da comunicação social dita cristã, bem como de todas as instituições católicas, como é o caso do SDCSC. Qualquer membro da Igreja Católica terá todo o interesse em que as cerimónias religiosas decorram no maior respeito pelo Sagrado, sobretudo quando se trata de jornalistas pouco frequentadores de actos litúrgicos, pois foi sobretudo em função desses que as referidas regras foram instituídas.

Os escuteiros tinham instruções para vedar o acesso a quem não estivesse credenciado a fim de se evitarem, como já foi referido, os abusos cometidos em anos anteriores, em que a organização se viu obrigada a proibir o trabalho de todos os fotógrafos – tanto os profissionais, como os repórteres fotográficos da comunicação social – devido aos atropelos de um único deles – por sinal, fotógrafo da comunicação social. Eis a justificação destas medidas excepcionais. Situações lamentáveis em que pagaram os justos pelo pecador. Para evitar essas situações de injustiça relativa, exigimos também credenciação prévia por parte dos órgãos de comunicação social. Aliás, essa exigência já era publicamente conhecida há vários meses, como se pode ler numa notícia publicada na página Web da “amicor.pt” no dia 27 de Abril com o título “Jornalistas que cobrirem a procissão da Rainha Santa vão ter que se credenciarem (sic)”, onde se informa justamente que a mesa da CRSI exigia a credenciação de “todos os profissionais de Comunicação Social e fotógrafos profissionais”, embora o que estivesse em causa não fosse a procissão, como a notícia refere, mas sim a parte das festas que decorre nos espaços privados da Confraria. A publicação desta notícia vem desmentir a acusação de desconhecimento ou de falta de divulgação dessa exigência.

Qualquer pessoa ou instituição é livre de elaborar as normas que vigoram nos seus espaços privados. São os outros que se devem acomodar a essas normas. Cada um é livre de as acatar ou não, mas assume depois as consequências desses actos.

Tendo as festas da Rainha Santa Isabel características nacionais já desde o séc. XIX – para não falarmos no culto, cuja importância nacional recua ao tempo de D. João III – não pode a Confraria da Rainha Santa Isabel prever quem está interessado em fazer a cobertura das cerimónias nas festas da Rainha Santa. Estranha o SDCSC a “ausência de dialogo prévio à elaboração normas”. Mas diálogo com quem? Não podíamos convocar todos os fotógrafos nem todos os órgãos de comunicação social do País, para não falar dos estrangeiros, que também estiveram presentes e nos solicitaram credenciais. Devem ser, pois, os profissionais da comunicação social a comunicar com a Confraria, solicitando as normas de conduta. O exemplo do Santuário de Fátima invocado pelo SDCSC só nos dá razão, pois, quem consultar as páginas web do mesmo, verificará que, nos diversos eventos, o Santuário solicita constantemente “aos órgãos de comunicação social que procedam antecipadamente à inscrição para acreditação junto da Sala de Imprensa do Santuário de Fátima”. No que diz respeito à forma de vestir, se um ou uma jornalista ou fotógrafo se apresentar em Fátima (como em Roma, como em muitos outros santuários) com “roupas demasiado justas ou demasiado exuberantes, saias curtas, decotes, transparências, calções…” será certamente convidado a abandonar o recinto.

Foram muitos os jornalistas da imprensa escrita, rádio e televisão (RTP, Agência Ecclesia, Diário As Beiras, etc.), bem como os repórteres fotográficos a cobrir as festas da Rainha Santa, provenientes de todo o País e do estrangeiro. Emitimos cerca de uma dúzia de credenciais. Foram eles próprios que nos contactaram solicitando-nos as condições, que subscreveram de imediato. Vários fotógrafos profissionais e outros ao serviço dos nossos parceiros na organização das festas – Turismo de Coimbra e Turismo do Centro – solicitaram a devida autorização. A ninguém as recusámos quando solicitadas, desde que se comprometessem a respeitar as regras impostas, e todos eles se puderam movimentar nos espaços da CRSI e na procissão sem quaisquer constrangimentos.

Mesmo no caso daqueles que afirmam que lhes foi vedado o acesso, como é o do jornalista Miguel Cotrim, pelo que pudemos apurar, as reportagens saíram nos respectivos jornais ou páginas da internet, sinal de que não foram colocados “entraves” ao trabalho dos jornalistas. Aliás, o jornalista em causa fez sinal, junto à grade do presbitério, ao Vice-Presidente da Mesa da Confraria, solicitando permissão para fotografar. Embora não tivesse solicitado credenciais, o Vice-Presidente percebeu a situação e logo respondeu afirmativamente, autorizando-o a captar imagens. Ignoramos o que se terá passado posteriormente, mas, se o jornalista diz ter sido impedido por uma escuteira, poderia ter invocado a autorização da Mesa da Confraria.

Por outro lado, se a escuteira lhe respondeu que “a diocese não tinha qualquer autoridade naquele sítio, mas sim, a confraria”, tê-lo-á feito abusivamente. Se o jornalista tivesse confrontado a Mesa com essa afirmação – e não deixamos de estranhar os ataques sucessivos, alguns deles, além de absurdos, impróprios e censuráveis, de que a Confraria tem sido alvo sem que a mesma tenha tido direito ao habitual contraditório, como se impõe na deontologia jornalística – ter-lhe-íamos respondido que a Confraria é uma instituição da Igreja e que, ainda que possua também estatuto civil, se considera inteiramente submissa à autoridade máxima da Igreja em que está integrada, o Bispo de Coimbra, e que nunca deixará de defender os interesses da Igreja, privilegiando sempre, como se impõe, os meios de comunicação social da Igreja, pois são eles os que mais se identificarão e maior compreensão poderão demonstrar pelas regras que a CRSI estabeleceu.

Considerámos o episódio um lamentável mal-entendido e manifestámos ao jornalista o desejo de que esse equívoco não prejudicasse as boas relações que a Mesa da Confraria pretendemos promover com os meios de comunicação social, sempre num clima de respeito mútuo, solicitando-lhe que desse igual relevância na página da internet ou no Correio de Coimbra, no pleno respeito pela regra básica do contraditório, o que, infelizmente, até agora não aconteceu.

Nunca em anos anteriores as festas da Rainha Santa Isabel e as iniciativas implementadas pela Mesa da CRSI tiveram tanta repercussão nos média como este ano, sinal de que, por um lado, houve um trabalho de grande sintonia e de colaboração com os nossos parceiros na organização das festas e que, por outro, houve um grande esforço por parte dos diversos membros da Mesa da Confraria em cooperar com a comunicação social e em acudir a todas as solicitações que nos foram endereçadas (RTP, Ecclesia, Lusa, Rádio Renascença, TSF, Antena 1, RDP Centro, Rádio Universidade de Coimbra, além de muitos outros média da imprensa escrita e digital).

Quanto às regras estabelecidas, o balanço que a Mesa da CRSI fez, em reunião recente, é positivo, pois, além de terem funcionado bem, pudemos assistir a uma maior preocupação dos jornalistas com as cerimónias, procurando passar despercebidos, sem incomodar, nem distrair (nem pôr em perigo) os participantes, nem o património da Confraria, e sobretudo revelando maior respeito pelo Sagrado.

Quanto às críticas de que a Confraria da Rainha Santa Isabel tem sido alvo, sobretudo no Correio de Coimbra e no site da amicor.pt, resta-nos aduzir aqui as palavras do Doutor António Garcia Ribeiro de Vasconcelos, quando exerceu o cargo de Presidente da Mesa pela primeira vez há bem mais de um século: “a nossa gerência tem sido alvo de criticas adversas e apaixonadas, por parte de quem maior obrigação tinha de nos auxiliar com a sua auctoridade e conselho […]. Seria isso mil vezes preferível e mais salutar do que fazer propaganda de noticias e apreciações inexactas, contra quem só tinha o peccado de trabalhar com enthusiasmo por uma causa sympathica e útil, e de procurar bem cumprir os deveres de cargo que não solicitara”.

Para concluir, não podemos deixar de lamentar o facto de o nosso direito de resposta não ter sido, até agora, respeitado. Na comunicação social de um estado democrático, o direito ao contraditório é uma regra basilar, se houver boa fé por parte dos jornalistas, tal como o é, na justiça de um estado de direito, a defesa do réu perante qualquer acusação.

Foram feitas (e têm sido feitas) acusações graves sem que à visada (a CRSI) fosse dada a possibilidade de se defender, ou, pelo menos, de expor a sua versão dos factos, tal como prescrevem as boas regras jornalísticas emanadas do respectivo código deontológico. O jornalista da amicor.pt e do Correio de Coimbra recusou-se sempre a fazê-lo, apesar de a isso instado. Da mesma forma lamentamos que o Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais de Coimbra não tenha dado à entidade criticada a possibilidade de apresentar o seu ponto de vista antes de emitir o seu comunicado.

Resta-nos solicitar ao SDCSC que exorte a amicor.pt e ao Correio de Coimbra a publicar este esclarecimento, não só ao abrigo do direito de resposta, tão-pouco para reparar o bom nome de todos quantos, de forma generosa e abnegada, em genuíno espírito de missão e de serviço à Igreja de Cristo, trabalham em prol da glorificação de Deus e dos Seus Santos, mas sobretudo em nome de um bom clima de cooperação e de harmonia entre a Confraria e os média cristãos.

Não obstante este(s) incidente(s), a Mesa da Confraria da Rainha Santa Isabel não deixará de continuar a acolher, nos seus espaços, todos os média com a mesma cordialidade de sempre, como se impõe a um organismo cristão, e reitera a esperança de estes factos não prejudicarem as boas relações que a Mesa pretende continuar a promover com os meios de comunicação social, sempre num clima de respeito mútuo.

Aprovado em sessão de Mesa de 27 de Julho de 2010

A Mesa da Confraria da Rainha Santa Isabel

Benfeitores

Nesta secção iremos disponibilizar informação acerca das instituições e pessoas individuais que, pela sua generosidade, se destacaram na ajuda às actividades directa ou indirectamente relacionadas com o culto à Rainha Santa Isabel.

São várias as campanhas em curso com que os interessados poderão colaborar, como, por exemplo, o financiamento da iluminação da igreja, os trabalhos de restauro da igreja e do coro alto, os trabalhos de isolamento dos claustros. Se estiver interessado ou conhecer alguma instituição ou empresa interessada em nos ajudar a atingir estes objectivos, é favor contactar-nos.

Tesouro da Rainha Santa Isabel

O culto das imagens e das relíquias ocupou, permanentemente, um lugar preponderante no quadro institucional da Igreja, visto que a percepção do divino se configurou, desde sempre, como uma das questões magnas do Cristianismo. Nos séculos finais da Idade Média, os laicos, ao implicarem-se de forma mais personalizada na vida espiritual, recorreram, frequentemente, a imagens e relíquias, contribuindo para a sua proliferação e trazendo o seu culto para a devoção privada.

O conjunto de peças de ourivesaria, conhecido com a designação de â??tesouro da Rainha Santaâ?, que integra hoje a colecção do Museu Nacional de Machado de Castro, é a prova material da relevância que imagens e relíquias detiveram na sua forma particular de exercer o culto.

Em tempos góticos, a ausência do corpo de Cristo, que foi para o Céu, converteu os objectos ligados à sua paixão, essencialmente a sua Cruz, nos símbolos mais marcantes do Cristianismo. Por essa razão, o relicário do Santo Lenho, em coral e prata, com uma inscrição que alude ao Mistério da Santíssima Trindade, deve ter ocupado um lugar de preponderância no conjunto dos objectos devocionais de Isabel de Aragão. Os dois pequenos fragmentos do Santo Lenho, colocados em forma de cruz, encontram-se inseridos no relicário propriamente dito, de forma circular, que é suportado por um ramo de coral. O exotismo das formas agitadas e curvilíneas desta â??árvore das águasâ? enquadra-se bem nas formas angulosas do gótico. O coral, de intenso colorido, é sustentado, de forma engenhosa, por dois encaixes prismáticos de prata, decorados com as armas portuguesas, assentes numa base em cruz aspada, apoiada em dois elegantes e expressivos leões de prata. No cruzamento da cruz, inseridas num círculo esmaltado, podem ver-se as armas de Aragão.

Um lugar de não menor relevo, deve ter ocupado, no conjunto dos objectos pertencentes à Rainha Santa, a imagem-relicário da Virgem com o Menino. Trata-se de uma imagem de vulto redondo de Nossa Senhora com o Menino ao colo, de 86 cm de altura, em prata branca e dourada, burilada e esmaltada, assente em leões. A mão direita do Menino estende-se em direcção ao local onde, no peito da imagem de Nossa Senhora, se encontram guardadas as relíquias. Esta imagem-relicário constitui uma peça da maior importância não só pela sua raridade enquanto objecto de ourivesaria, mas também pela possibilidade que dá de podermos aferir o valor atribuído à Virgem Maria pela devoção privada, no século de Trezentos. A pertença desta peça a Isabel de Aragão está atestada pela decoração heráldica do cinto da imagem, onde se podem ver, alternadamente, as armas de Portugal e de Aragão, em esmalte. Faz ainda parte deste tesouro uma Cruz processional, em prata branca e dourada, com braços em jaspe sanguíneo. No encontro dos braços, num nó quadrangular em prata repuxada está representado, de um lado, Deus Pai acompanhado do Tetramorfo, e do outro o Calvário. No pé da cruz, em botões losangonais dispõem-se, em alternância, as armas de Portugal e Aragão.

No tesouro desta rainha não se encontram só, como seria de esperar, os objectos devocionais, pois apesar da sua humildade, terá apreciado, tal como os da sua estirpe, as peças de adorno. � prova disso o colar de ouro e pedrarias, que foi pertença sua, e que completa as peças que se conservam do seu tesouro. Esta jóia, por ter sido se uso pessoal da Rainha Santa, não terá sido vista só como simples matéria, tendo-lhe sido lendariamente associado um carácter propiciatório e profilático e pedido às freiras de Santa Clara, continuadamente, o seu empréstimo, de modo a obter, por sua intercessão, favores divinos.

Não fazendo parte do designado â??tesouro da Rainha Santaâ?, mas integrando as peças de seu inestimável legado, conta-se o bordão, de jaspe e prata, encontrado, no século XVII, sobre o ataúde onde se guardavam os seus restos mortais. Oferecido pelo arcebispo de Compostela à rainha Isabel, aquando da sua peregrinação a Santiago, o bordão em forma de Tau, tal como o do Apóstolo na representação escultórica do Pórtico da Glória da catedral de Compostela, é hoje pertença da Confraria da Rainha Santa Isabel. Apresenta uma singular empunhadura, em jaspe vermelho sanguíneo, rematada por duas cabeças de leão, em prata, que se encontra fixada à vara por dois triângulos de prata, decorados com trifólios recortados e vazados. Na, com alma de madeira revestida de prata, encontram-se gravadas as tradicionais vieiras, em prata dourada. Transformado, logo após trer sido descoberto, numa verdadeira relíquia, o bordão encontra-se guardado num estojo de prata, mandado fazer, nos inícios do século XVII, por D. Catarina de Noronha, abadessa do mosteiro de Santa Clara de Coimbra. O invólucro que encerra esta preciosa peça tem a forma de custódia de balaústre, com a parte superior composta por um ostensório oval, que permite ver a empunhadura.

As peças do â??tesouro da Rainha Santa Isabelâ?, conjuntamente com o bordão de peregrina, representam a mudança estética que fez triunfar o gótico na ourivesaria, entre nós, e revelam-se fundamentais para o conhecimento da personalidade de Isabel de Aragão, bem como para a compreensão de formas de religiosidade privada, adoptadas por laicos abastados, no decurso dos séculos finais da Idade Média.

Francisco Pato de Macedo