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Programa das Festas de 2011

Embora, como é hábito nos anos ímpares, não se realizem as procissões em 2011, nem por isso deixaremos de solenizar com todo o esplendor a festividade da nossa Excelsa Padroeira.

Algumas das celebrações das Festas da Rainha Santa de 2011, designadamente a missa solene das 11 horas no dia 4 e a missa da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, serão transmitidas em directo pela internet.
A conexão para o efeito é a seguinte: http://pt.justin.tv/rainhasantaisabel.

Programa

  • Dias 1, 2 e 3 de Julho, às 21h30, tríduo solene na Sua igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, com pregação a cargo do Revº Pe. José António Carneiro, da Diocese de Braga.
  • Dia 2 de Julho, às 15h00, distribuição de bens alimentares a 300 famílias carenciadas de Coimbra.
  • Dia 3 de Julho, às 11h00, missa solene da Confraria da Rainha Santa Isabel;
  • Dia 4 de Julho:
    • às 8h00, missa presidida pelo Revº Capelão da Confraria da Rainha Santa Isabel;
    • às 11h00, missa solene presidida pelo Revº Vigário-Geral da Diocese de Coimbra;
    • às 16h30, missa da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, com a participação de Suas Altezas Reais, os Senhores Duques de Bragança;
    • às 18h00, segundas vésperas.

Muito cordialmente convidamos todos os irmãos e a população em geral a participarem nas referidas solenidades, associando-se desse modo à celebração da Festa da Rainha Santa Isabel.

Coimbra, Junho de 2011

O Presidente da Mesa,

António Manuel Ribeiro Rebelo

Conexão para o programa:

http://pt.scribd.com/doc/58886200/Programa-Das-Festas-de-2011

Programa de 2010

Programa

Na Igreja da Rainha Santa

No dia 30 de Junho – Concerto pelo Ançã-ble: “A Rainha Santa e os Santos de Coimbra na Polifonia Portuguesa” às 21 H.

Nos dias 1, 2 e 3 de Julho – Tríduo preparatório com a Santa Missa ou Vésperas e pregação pelo Senhor D. Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra, às 21.30 H.

Dia 4- Dia da Festa

8.00 H – Missa.
11.00 H – Missa solene presidida pelo Senhor D. Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra.

Dia 8 – Saída da Procissão da Penitência às 19 H. Chegada à Portagem às 22 H, onde haverá saudação e cântico, seguindo-se um espectáculo de pirotecnia.

Na Igreja da Graça

Dia 9 e 10 de Julho – Missa com pregação às 9 H, 11 H e 18 H.

Dia 11 – Missa com pregação às 9 H, 11 H e 16 H.
Saída da Procissão Solene da tarde, às 17.30 H.
À chegada ao Templo da Rainha Santa, no adro, haverá breve alocução pelo Senhor Bispo de Coimbra e bênção com o Santo Lenho.

Conexão para o cartaz:

http://www.scribd.com/doc/33080945/cartaz2010

Conexão para o programa:

http://www.scribd.com/doc/33080403/desdobravel2010

Programa de 2011

Embora, como é hábito nos anos ímpares, não se realizem as procissões em 2011, nem por isso deixaremos de solenizar com todo o esplendor a festividade da nossa Excelsa Padroeira.

Algumas das celebrações das Festas da Rainha Santa de 2011, designadamente a missa solene das 11 horas no dia 4 e a missa da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, serão transmitidas em directo pela internet.
A conexão para o efeito é a seguinte: http://pt.justin.tv/rainhasantaisabel.

Programa

  • Dias 1, 2 e 3 de Julho, às 21h30, tríduo solene na Sua igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, com pregação a cargo do Revº Pe. José António Carneiro, da Diocese de Braga.
  • Dia 2 de Julho, às 15h00, distribuição de bens alimentares a 300 famílias carenciadas de Coimbra.
  • Dia 3 de Julho, às 11h00, missa solene da Confraria da Rainha Santa Isabel;
  • Dia 4 de Julho:
    • às 8h00, missa presidida pelo Revº Capelão da Confraria da Rainha Santa Isabel;
    • às 11h00, missa solene presidida pelo Revº Vigário-Geral da Diocese de Coimbra;
    • às 16h30, missa da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, com a participação de Suas Altezas Reais, os Senhores Duques de Bragança;
    • às 18h00, segundas vésperas.

Muito cordialmente convidamos todos os irmãos e a população em geral a participarem nas referidas solenidades, associando-se desse modo à celebração da Festa da Rainha Santa Isabel.

Coimbra, Junho de 2011

O Presidente da Mesa,

António Manuel Ribeiro Rebelo

Conexão para o programa:

http://pt.scribd.com/doc/58886200/Programa-Das-Festas-de-2011

Procissões

Lê com atenção

  • Os santos foram homens ou mulheres como tu. Todos os cristãos são chamados à santidade. Nas várias ocupações e géneros de vida, é sempre a mesma santidade que é cultivada por aqueles que são conduzidos pelo Espírito Santo, adoram a Deus em espírito e em verdade, e seguem a Cristo pobre, humilde, levando a cruz, a fim de participarem da Sua glória.
  • A Rainha Santa Isabel é modelo de simplicidade, de Amor aos outros, de perdão, de concórdia, de Amor a Deus.
  • Não te limites a ver passar a Sua Imagem. Se vieste só para isso, foi pouco o que te trouxe à Festa.
  • A Imagem não é a Rainha Santa Isabel, mas a sua representação. Ao olhar para a Imagem, o nosso espírito deve elevar-se para Aquela que está nos céus e pede a Deus por nós.
  • Só se adora a Deus, os Santos veneram-se. Os cristãos conscientes sabem que não devem ajoelhar quando passa a Imagem, mas inclinar a cabeça em sinal de respeito e de amor.
  • Ao Santo Lenho que vai debaixo do Pálio na Procissão de Domingo é que se deve ajoelhar porque é uma partícula da Cruz de Cristo.

Procissões

  • Uma Procissão é um acto de culto público em honra de Deus ou dos Santos.
  • Na Festa da Rainha Santa, há duas Procissões.

1.ª Procissão

  • Realiza-se no dia 11 de Julho de 2024 (Quinta-feira), com início logo a seguir à missa das 18 horas, no adro da Igreja da Rainha Santa.
  • É uma procissão penitencial e tem como finalidade proporcionar às pessoas oportunidade de cumprirem as suas promessas.
  • Tem, por isso, um espírito profundo de oração e penitência.
  • Guarda silêncio, medita e reza.
  • No Largo da Portagem haverá uma Saudação à Rainha Santa Isabel.

2.ª Procissão

  • É uma procissão solene de louvor e nela podem tomar parte todas as associações da Igreja, em manifestação da sua vitalidade cristã.
  • Terá lugar no Domingo dia 14 de Julho de 2024 (Domingo) e organiza-se a partir da Igreja de Santa Cruz, a seguir à missa das 16 horas.
  • Será presidida pelo Senhor Bispo de Coimbra.
  • Não deixes de dar um testemunho da tua Fé de Cristão através do teu silêncio e recolhimento, do teu comportamento, da tua atitude séria.

Orientações

  • Há uma equipa responsável pela organização.
  • Há lugar para todos e para cada um.
  • Acata com serenidade as orientações que forem dadas.
  • Se tencionas incorporar-te nas Procissões, lembra-te do seguinte:
  • O teu lugar é junto daqueles que têm a mesma insígnia que tu;
  • Se tens de acompanhar crianças de «anjo», leva-as a teu lado dentro da Procissão.
  • Não mudes de lugar a não ser que a organização te peça que o faças.
  • Guarda silêncio e respeito.
  • Não caminhes em grupo.
  • Mantém-te nas alas da Procissão.
  • Guarda a distância de cerca de um metro daquele que vai à tua frente.
  • Não deixes quebrar a procissão na tua zona.
  • Se quiseres fazer um pouco de esforço, tudo correrá bem e voltarás contente para tua casa.

Datas Importantes

Datas relacionadas com a Rainha Santa

11.02.1270 – Nasce em Saragoça, no Reino de Aragão.
11.02.1282 – Casa, por procuração, em Barcelona,com D. Dinis, Rei de Portugal.
24.06.1282 – Recebe as Bênçãos Matrimoniais com o seu esposo em Trancoso.
03.01.1290 – Nasce D. Constança de Portugal, filha de D. Isabel e D. Dinis.
08.021291 – Nasce de Afonso (D. Afonso IV de Portugal), filho de D. Isabel e D. Dinis.
03.01.1313 – Morre D. Constança de Portugal.
07.01.1325 – Morte de D. Dinis.
1325 – Peregrinação de D. Isabel a Santiago de Compostela
11.07.1326 – Morte de D. Isabel, filha de D. Afonso IV.
08.06.1330 – Sagração da nova igreja do Mosteiro de Santa Clara
04.07.1336 – Morte de D. Isabel em Estremoz.
11.07.1336 – Chega a Coimbra o seu corpo que, por sua expressa vontade, aqui ficou sepultado no túmulo que ela mesma mandara executar.
15.04.1516 – Beatificação pelo Papa Leão X.
04.07.1560 – Criação da Confraria da Rainha Santa Isabel
25.05.1625 – Canonização pelo Papa Urbano VIII
12.12.1647 – Alvará de D. João IV para a construção do novo mosteiro.
03.07.1649 – Lançamento da primeira pedra do novo mosteiro pelo Reitor da Universidade, D. Manuel de Saldanha.
29.10.1677 – Transferência da comunidade clarissa para o novo mosteiro e trasladação do túmulo de Santa Isabel.
26.06.1696 – Sagração da igreja, dedicada à Rainha Santa Isabel.
03.07.1696 – Trasladação do túmulo de Santa Isabel para a tribuna do altar-mor.

11.02.1270 – Nasce em Saragoça, no Reino de Aragão.

11.02.1282 – Casa, por procuração, em Barcelona,com D. Dinis, Rei de Portugal.

24.06.1282 – Recebe as Bênçãos Matrimoniais com o seu esposo em Trancoso.

03.01.1290 – Nasce D. Constança de Portugal, filha de D. Isabel e D. Dinis.

08.021291 – Nasce de Afonso (D. Afonso IV de Portugal), filho de D. Isabel e D. Dinis.

03.01.1313 – Morre D. Constança de Portugal.

07.01.1325 – Morte de D. Dinis.

1325 – Peregrinação de D. Isabel a Santiago de Compostela

11.07.1326 – Morte de D. Isabel, filha de D. Afonso IV.

08.06.1330 – Sagração da nova igreja do Mosteiro de Santa Clara

04.07.1336 – Morte de D. Isabel em Estremoz.

11.07.1336 – Chega a Coimbra o seu corpo que, por sua expressa vontade, aqui ficou sepultado no túmulo que ela mesma mandara executar.

15.04.1516 – Beatificação pelo Papa Leão X.

04.07.1560 – Criação da Confraria da Rainha Santa Isabel

25.05.1625 – Canonização pelo Papa Urbano VIII

12.12.1647 – Alvará de D. João IV para a construção do novo mosteiro.

03.07.1649 – Lançamento da primeira pedra do novo mosteiro pelo Reitor da Universidade, D. Manuel de Saldanha.

29.10.1677 – Transferência da comunidade clarissa para o novo mosteiro e trasladação do túmulo de Santa Isabel.

26.06.1696 – Sagração da igreja, dedicada à Rainha Santa Isabel.

03.07.1696 – Trasladação do túmulo de Santa Isabel para a tribuna do altar-mor.

Agradecimentos Festas de 2012

escudo da Confraria da Rainha Santa Isabel Uma vez terminadas as festas da Rainha Santa Isabel de 2012, a Mesa da Confraria não pode deixar de agradecer a quantos contribuíram para o bom êxito das festas. Em primeiro lugar, a Sua Exª Revª o Senhor Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes que dirigiu os mais importantes actos religiosos previstos: pela profundidade da reflexão que nos deixou ao longo do tríduo e no dia da solenidade de Santa Isabel, bem como pelo prazer e honra que nos deu em ter presidido à procissão solene do dia 8 de Julho.


Ao clero de Coimbra que participou nos diversos momentos das solenidades queremos deixar, na pessoa do presidente do Cabido da Diocese de Coimbra, o Revº Senhor Cónego Sertório Martins, uma palavra de vivo agradecimento pela colaboração prestada. À paróquia de Santa Cruz, na pessoa do seu Revº Pároco, Pe. Anselmo Gaspar, deixamos o nosso grato reconhecimento pela dignidade com que acolheram a veneranda imagem de Santa Isabel e pelo inexcedível zelo e espírito de colaboração por que sempre pautaram o seu relacionamento com a Confraria da Rainha Santa Isabel.

A todos quantos contribuíram para que as festas decorressem com segurança, de forma ordeira e organizada, designadamente aos escuteiros, forças de segurança e protecção civil, à Cruz Vermelha Portuguesa, ao INEM, aos Bombeiros, queremos manifestar o nosso público reconhecimento. À Empresa Municipal Turismo de Coimbra, agradecemos o habitual espírito de colaboração e disponibilidade na preparação e divulgação das festas da excelsa padroeira de Coimbra. Às autoridades académicas, civis e militares, às irmandades e demais movimentos da Igreja – e, neste ano, muito particularmente à Hermandad de Santa Isabel, hija de Zaragoza, Infanta de Aragon y Reina de Portugal – agradecemos a participação nos diversos momentos das festas.

Aos meios de comunicação social, da imprensa, rádio e televisão, que connosco colaboraram, estamos gratos pela sua participação e interesse demonstrado ao longo das festas e pela ajuda que nos prestaram na divulgação do programa das festas religiosas.

A todas as demais instituições que connosco colaboraram ou que contribuíram para o maior esplendor das festas (como foi o caso da Academia Martiniana, dos archeiros da Universidade de Coimbra, das bandas de música e de muitos), o nosso bem-haja.

Não podíamos deixar de renovar os nossos agradecimentos aos músicos, cantores e grupos que colaboraram na Gala das Rosas e na Serenata à Rainha Santa, bem como aos investigadores que participaram no Colóquio “SANTA ISABEL RAINHA DE PORTUGAL – CULTO E RELÍQUIAS”, e a todas as instituições que apoiaram a organização destes eventos.

Uma palavra muito especial de agradecimento é devida às irmãs e aos irmãos da Confraria da Rainha Santa Isabel, sobretudo a quem prescindiu de uma semana das suas férias para colaborar com a Confraria na preparação das festas e auxiliar os peregrinos no cumprimento da sua devoção junto do túmulo de Santa Isabel. A esse grupo de irmãs e irmãos empenhados recordo o que o Papa Bento XVI disse, há pouco mais de meio ano, ao passar em revista os principais momentos de 2011 na vida da Igreja:

“Para mim, uma das experiências mais importantes daqueles dias foi o encontro com os voluntários da Jornada Mundial da Juventude: eram cerca de 20 000 jovens, tendo todos, sem exceção, disponibilizado semanas ou meses da sua vida para colaborar na preparação técnica, organizativa e temática das atividades da JMJ, e tornando, precisamente assim, possível o desenvolvimento regular de tudo. Com o próprio tempo, o homem oferece sempre uma parte da sua própria vida. No fim, estes jovens estavam, visível e «palpavelmente», inundados duma grande sensação de felicidade: o seu tempo tinha um sentido; precisamente no dom do seu tempo e da sua força laboral, encontraram o tempo, a vida. E então tornou-se-me evidente uma coisa fundamental: estes jovens ofereceram, na fé, um pedaço de vida, e não porque isso lhes fora mandado, nem porque se ganha o céu com isso, nem mesmo porque assim se escapa ao perigo do inferno. Fizeram-no, porque queriam ser perfeitos.

Quantas vezes a vida dos cristãos se caracteriza pelo facto de olharem sobretudo para si mesmos; por assim dizer, fazem o bem para si mesmos. E como é grande, para todos os homens, a tentação de se preocuparem antes de mais nada consigo mesmos, de olharem para si mesmos, tornando-se assim interiormente vazios! Em Madrid, ao contrário, não se tratava de aperfeiçoar-se a si mesmo ou de querer conservar a própria vida para si mesmo. Estes jovens fizeram o bem – sem olhar ao peso e aos sacrifícios que o mesmo exigia – simplesmente porque é bom fazer o bem, é bom servir os outros. É preciso apenas ousar o salto. Tudo isto é antecedido pelo encontro com Jesus Cristo, um encontro que acende em nós o amor a Deus e aos outros e nos liberta da busca do nosso próprio «eu». Assim, recito uma oração atribuída a São Francisco Xavier: Faço o bem, não porque em troca entrarei no céu, nem porque de contrário me poderíeis mandar para o inferno. Faço-o por Vós, que sois o meu Rei e meu Senhor. E o mesmo comportamento fui encontrá-lo também na África, por exemplo nas Irmãs de Madre Teresa que se entregam às crianças abandonadas, doentes, pobres e atribuladas, sem se importarem consigo mesmas, tornando-se, precisamente assim, interiormente ricas e livres. Tal é o comportamento propriamente cristão”.

Estas palavras podiam ser aplicadas mutatis mutandis a todos os voluntários que, na semana das festas, prescindiram do seu tempo e passaram por muitas incomodidades e sacrifícios para servirem os outros. De vários pontos do País nos chegaram mensagens de agradecimento pela simpatia, dedicação e paciência com que as irmãs e os irmãos da Confraria da Rainha Santa Isabel acolheram, ajudaram e até levaram ao colo os devotos da sua Santa Padroeira. Por maiores que fossem as suas limitações, ninguém ficou privado de ir ou de ser levado ao túmulo de Santa Isabel. Por isso, a maior recompensa destes irmãos, como muitos nos testemunharam, foi a sensação de felicidade que experimentaram. Tal só era possível se o seu acto de entrega e de serviço aos outros fosse genuinamente abnegado, altruísta e desinteressado. Daí também a emoção que sentiram ao contribuir para a felicidade dos devotos de Santa Isabel, que desciam do túmulo em lágrimas, comovidos pela proximidade das relíquias de Santa Isabel. Estes depositavam na mão de Santa Isabel os problemas e aflições dos seus dramas pessoais. Aqueles sentiram o espírito da verdadeira caridade cristã, na entreajuda, na dádiva do seu tempo e do seu trabalho.

Quando solicitámos ao Senhor Bispo autorização para que a mão benfazeja de Santa Isabel fosse exposta, fizemo-lo “na esperança de que desperte, na alma de quantos a visitarem, nestes tempos difíceis que atravessamos, sentimentos de esperança em Deus, de caridade para com o próximo e de paz e amor entre os homens”. Perante quanto ficou dito, julgamos que o balanço é positivo e que os objectivos foram alcançados: houve, de facto, mais alegria em dar do que em receber, porque Santa Isabel nos demonstrou pelo seu exemplo de vida que o amor ao próximo é parte integrante do amor a Deus; por outro lado, a esperança em Deus é também correspondida através da bondade do homem. Compete-nos, por isso, dar continuidade a essa bela experiência e meditação que as festas nos proporcionaram, levando a esperança também aos outros.

Pela Mesa da Confraria da Rainha Santa Isabel

António Manuel Ribeiro Rebelo


Agradecimentos – festas 2010

Gostaríamos de agradecer a quantos contribuíram para o bom êxito das festas da Rainha Santa Isabel de 2010. Em primeiro lugar, agradecemos a Sua Exª Revª o Senhor Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto por ter presidido a todos os actos religiosos: pelas sábias e judiciosas palavras que nos deixou na sua pregação ao longo do tríduo e no dia da festa de Santa Isabel, bem como o prazer e a honra que nos deu em ter presidido à procissão solene do dia 11 de Julho.


Às autoridades académicas, civis e militares, que se dignaram integrar a procissão, deixamos o nosso grato reconhecimento, em nome da Rainha Santa Isabel e da sua Confraria.

A todos quantos contribuíram para que as festas decorressem com segurança, de forma ordeira e organizada, designadamente aos escuteiros, forças de segurança e protecção civil, distrital e municipal, ao INEM, aos Bombeiros, o nosso bem-haja. Às irmandades e demais movimentos da Igreja agradecemos a sua indispensável participação. Às irmãs e aos irmãos da Confraria da Rainha Santa Isabel deixamos o nosso mais vivo agradecimento por toda a colaboração e pelo espírito de profunda devoção que demonstraram sempre ao longo destes dias de festa.

Aos meios de comunicação social, da imprensa, rádio e televisão, que connosco colaboraram agradecemos a sua participação e o interesse demonstrado durante estas festas.

A todas as demais instituições que nos ajudaram ou connosco colaboraram, o nosso muito obrigado.

Uma palavra muito especial é devida à Empresa Municipal Turismo de Coimbra, na pessoa do seu Presidente, o Prof. Doutor Luís Alcoforado. O profícuo espírito de colaboração e de indefectível disponibilidade que a Confraria da Rainha Santa Isabel encontrou nele e na sua equipa, tão dinâmica e eficiente, sempre num clima de respeito mútuo, demonstram que se atingiu um modelo perfeito de organização das festas da cidade a que se deverá dar continuidade num futuro próximo. Pela nossa parte, tudo faremos para darmos sequência a tão proveitosa cooperação.

Pela Mesa da Confraria da Rainha Santa Isabel

António Manuel Ribeiro Rebelo

(Vice-Presidente)

A Confraria da Rainha Santa Isabel

Entre as múltiplas manifestações de devoção à Santa Rainha Isabel verificadas na sequência da Sua beatificação pelo Breve de Leão X, datado de 15 de Abril de 1516, quase todas sob o alto patrocínio de D. João III e da Rainha D. Catarina, a criação da Sua Confraria é por certo uma das mais importantes e significativas, tanto pela sua longa duração de cerca de quatro séculos e meio, como pelo número de fiéis que ao longo desse tempo movimentou.

Foi na sequência desse impetuoso movimento de devoção, que envolvia todos os estratos da grei portuguesa, dos membros da Família Real aos mais humildes habitantes, não só de Coimbra e do seu termo, mas do Reino inteiro (fenómeno que, em 1556, levará à extensão dos actos litúrgicos até então limitados à diocese de Coimbra às restantes dioceses do Reino), que, no intuito de darem realidade institucional a um elevado concurso de fiéis à igreja do mosteiro para, venerando-a, lhe impetram a protecção e lhe agradecem as graças recebidas. Assim, no decorrer da década de 50 do século XVI, a Abadessa do Mosteiro, D. Ana de Meneses, juntamente com as sacristãs D. Marta da Silva e D. Ambrósia de Castro, secundadas por outras pessoas religiosas e seculares, deliberaram instituir uma confraria destinada a promover a glória de Deus e a honrar a Santa Rainha, aplicando o remanescente de esmolas que o culto deixasse livre no amparo aos irmãos mais necessitados, a quem deviam assistir na doença e na morte. E para que a nova instituição obtivesse plena regularidade canónica, logo de apressaram a pedir a confirmação dos respectivos estatutos ao Bispo da diocese, D. Fr. João Soares, solicitação a que o prelado anuiu, visto que, em 1560, por iniciativa das mesmas religiosas, saía da tipografia coimbrã de João da Barreira, uma Vida e milagres da gloriosa Rainha Santa Isabel, mulher do Católico Rei D. Dinis sexto de Portugal. Com o compromisso da Confraria do seu nome, e graças a ela concedidas. M.D.LX.

Pormenor curioso entre quantos eram neles estabelecidos, era que, dos dois mordomos, que, com outros «oficiais», deviam reger os destinos da Irmandade um devia ser «dos mais honrados da cidade» e o outro, estudante. Isto para que «o corpo da Universidade e [a] cidade com igual devoção e caridade, sem divisão [procurasse] o bem desta Santa Confraria e seu aumento».

Os primeiros mordomos eleitos foram António Alpoim e um clérigo de nome António Brandão.

Dado que, com as mudanças inerentes ao correr do tempo, aqueles primeiros estatutos se iam desactualizando, elaborou-se novo compromisso em Julho de 1647, mas, pela prolongada situação de sede vacante, decorrente da Restauração, só em 1671 os reiterados esforços da Mesa da Confraria alcançariam do Bispo-Conde D. Fr. Álvaro de São Boaventura a sua indispensável confirmação.

Apesar da vitalidade da devoção a Santa Isabel, que a canonização, em 1625, no pontificado de Urbano VIII, viera certamente aumentar, a Confraria chegava a meados do século XVIII a tal estado de decadência que as religiosas pediram ao Rei D. José uma intervenção no sentido de a recuperar, ao que o Monarca Acedeu, por provisão de 15 de Julho de 1771.

As lutas liberais acarretaram tais perturbações na vida da Confraria que a sua actividade esteve praticamente extinta e só vindo a retomar-ser com regularidade a partir de 1852, por intervenção do futuro Arcebispo de Braga, D. António de Freitas Honorato, daí resultando uma revisão dos Estatutos, só aprovados, no entanto, em 20 de Abril de 1891.

Durante o último século viu-se a Confraria animada pelo saber histórico, profunda devoção e grande dedicação de algumas das figuras mais em evidência na vida religiosa de Coimbra, como o Doutor Sousa Gomes e, sobretudo, o P.e Doutor António de Vasconcelos, a quem se ficaram a dever novos neste momento em processo de revisão.

Ao longo dos quatro séculos e meio da sua gloriosa existência contou a veneranda Instituição com a presença e participação de muitos milhares de devotos da Santa Rainha, desde o simples povo anónimo aos membros da Família Real portuguesa e a altas figuras da Universidade, da Política, da Administração e da Sociedade portuguesas.

Na senda do exemplo com tanta santidade cumprido em vida pela doce Princesa de Aragão, feita Rainha de Portugal, e na fiel observância do espírito dos que, no século XVI a criaram, tem procurado e continua a procurar ajudar, na medida das suas possibilidades, os pobres e desprotegidos, através do apoio que presta às várias instituições de solidariedade social que opoeram em Coimbra.

Em simultâneo consagra-se com vivo fervor e devoção ao louvor de Deus mediante o culto prestado à sua Excelsa Padroeira, não apenas cuidando do Seu Templo e das suas alfaias, mas promovendo com pontual regularidade todos os actos litúrgicos que esse culto envolve, nomeadamente no dia da Sua festa, incluindo, nos anos pares, as procissões que trazem a peregrina beleza da Imagem em que Teixeira Lopes a representou até à Sua Cidade de Coimbra, para, três dias depois, a reconduzirem ao templo de Santa Clara-a-Nova.

No momento presente, novos horizontes se rasgam à sua actuação, através do desenvolvimento e valorização de uma componente cultural que, fazendo dos espaços do Mosteiro, uma expressão viva de todas as formas de arte a que a esta veneração de séculos deu lugar, possa conferir uma nova dimensão à presença da Rainha Santa na vida actual da Sua Cidade de Coimbra.

Aníbal Pinto de Castro

Biografia

Mais de sete séculos passados sobre o seu nascimento� o que sabemos e o que desconhecemos sobre a vida de Isabel de Aragão? No enredo de datas opostas, interpretações múltiplas, lendas seculares e até acontecimentos fantásticos, é possível, hoje, descobrir com verdade histórica os principais momentos da sua passagem pela terra durante cerca de 66 anos. Isabel, nome também de sua tia, santa e irmã da avó paterna, Dona Violante, nasceu, muito provavelmente, em Saragoça, Reino de Aragão, a 11 de Fevereiro de 1270. Era filha de Pedro III, o Grande, e de Dona Constança de Sicília.

Corria-lhe nas veias, pelo lado de seu pai, sangue das casas de Hungria e de Este, enquanto pelo lado materno descendia de Manfredo de Nápoles e Sicília e de Dona Brites de Sabóia, seus avós. A menina, uma entre vários irmãos, era bonita e atribuiu-se-lhe logo na infância, vivida em boa parte em Barcelona, o gosto pela oração, o poder cândido de gerar afectos e reconciliações, a bondade ingénua e a inteligência promissora. Não admira, pois, que estas virtudes tivessem desencadeado, em várias Coroas do Ocidente Cristão, o desejo forte de a colher como rainha. Recaiu, porém, a sorte, como se sabe, sobre a corte portuguesa. Com efeito, em 1279, subira ao trono D. Dinis, monarca culto, poeta, trovador, neto de Afonso X, o Sábio, célebre pelas suas Cantigas de Santa Maria.

O jovem rei contava, então, dezanove anos e ponderando, entre outras, razões de Estado, decidiu escolher para sua mulher a filha do Rei de Aragão. No dia 11 de Fevereiro de 1281, em Barcelona, realizou-se, por procuração, após copioso intercâmbio epistolar e documental, o matrimónio que seria consumado passado pouco mais de um ano, na Vila de Trancoso, no mês de Junho.

Entretanto, jornadas, festas, e cerimónias à parte, certo é que no fim desse ano de 1282 já Dona Isabel de Aragão, esposa legítima de D. Dinis, estava com a sua corte, em Coimbra, onde iniciará uma vida cheia de magnanimidade e santidade. Aqui, a menina casada se fez mulher, mãe, dos filhos Constança e Afonso, futuro Afonso IV de Portugal, rainha e santa.

Piedosa, de suprema caridade e devota particularmente da Virgem Santíssima, de Santa Clara e de São Tiago, cujo túmulo visitou, em Junho de 1325, a vida terrena de Isabel permanecerá eternamente ligada à acção virtuosa de â??praticar o bem sem olhar a quemâ?. A sua memória é perpetuada pelas esmolas, oferendas, cuidados, curas e milagres, com que enchia as mãos e os corações de homens, mulheres e crianças pobres, enjeitados, famintos, leprosos, doentes, cegos. Paralelamente, com as suas preces e diplomacia, espalha a concórdia e a paz, ora entre o marido e o filho, ora entre este e o neto, ora entre reinos e outros parentes.

Precoce mas duradouro foi o seu casamento. Durou cerca de 44 anos e só a morte do Rei, no dia 7 de Janeiro de 1325, separou para sempre os cônjuges reais. Viúva, a Rainha Dona Isabel veste a partir dessa data o hábito humilde das religiosas de Santa Clara, â??um véu sem votosâ?, e fixa morada em Coimbra, ou seja, no paço que tinha junto do mosteiro das Clarissas, fundado por D. Mor Dias em 1283. Sobreviveu ao marido pouco mais de dez anos, chora a morte de netos e, em Dezembro de 1327, faz o seu segundo e último testamento pelo qual entrega o seu corpo, num túmulo de pedra branca, à igreja do mosteiro de Santa Clara, o seu mosteiro. Entre o paço e o convento, ou melhor, â??com um pé no mundo e outro na casa de Deusâ?, Dona Isabel ia juntando os deveres do trono aos prazeres e devoções dos altares, dos cantos e de Jesus Cristo. Sucediam-se os dias e as orações, os jejuns e as obras pias, a fadiga, e a velhice. Em Junho de 1336, Dona Isabel é informada de que seu filho iria bater-se em guerra com o neto D. Afonso XI de Castela. D. Afonso IV estava, então, com a sua corte em Estremoz e a Rainha, mãe e avó, apesar dos seus 66 anos de idade, empreende uma penosa jornada, de dezenas de léguas, de Coimbra até àquela terra alentejana. Chegou já doente e desfalecendo, pouco a pouco, na companhia de seu filho e nora Dona Beatriz, expirou a 4 de Julho. No dia seguinte, o Rei, dando cumprimento às vontades últimas da mãe, ordena a trasladação do cadáver para Coimbra, onde chegou no dia 11. Sucedem-se, então, solenes exéquias e, por fim, o túmulo é depositado na capela que a Rainha havia mandado construir no convento de Santa Clara. Chegava para Dona Isabel um tempo novo. Com todos os puros de coração, bem aventurados por Jesus Cristo, ela precisava de subir ao Céu â??para ver mais longe e fundoâ?. Na terra, o povo começava a venerar os seus restos mortais, presta-lhe culto, acredita em milagres e na sua santidade. Por tudo isto, D. Manuel solicitou à Santa Sé a sentença de beatificação concedida pelo papa Leão X por Breve datado de 15 de Abril de 1516. Declara-se, então, fundada, na Diocese de Coimbra, o culto religioso da Beata Isabel difundido por todo o Reino em 1556 e fervorosamente praticado, sobretudo, pelas gentes da cidade.

Já no século XVII, a 26 de Março de 1612, procedeu-se à abertura do túmulo tendo declarado quem viu que se achava inteiro e incorrupto. A Rainha era Santa. Assim, passados pouco mais de dez anos, mais precisamente em 25 de Maio de 1625, o Papa Urbano VIII canoniza-a solenemente, enquanto o Rei Filipe III, no dia 14 de Julho do mesmo ano, proclama-a Padroeira de Portugal.

Maria José Azevedo Santos